quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
wilton azevedo: Mudança de endereço de meu blog. Continuo atualizando e disponibilizando meus trabalhos
www.wiltonazevedo.tumblr.com
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
LIMITE
SEDENTA LÍNGUA
LASCIVO LÁBIO
MENTIRA
domingo, 8 de julho de 2007
Rio X Sao Paulo
Em linhas vermelhas
Balas perdidas
Com rota
No coração
Na cândida violência
Em linhas vermelhas
Balas perdidas
Com rota
No coração
Minha P�tria � Tua L�ngua
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Performance de Chris Funkhouser no e-poetry 2007 em Paris.
Neste casco Acaso senho
Chego o saco Apenho prenho
Como cabe Sua sinceridadde
Donde � danado sendo
Vira a noite
Segue o dia
Dorme em p�
Vita mia
Miou o gato botando ovo
Mal educado
Nem cabe a ti
Pra puta
Que o Japao
Escrevi Tudo
Tudo
Tudo
Com as maos
E os teus p�s
Com suas pernas
Manha na cama
Insonia insana
Surto farto
De egoismo
Gosto
Minha p�tria
E tua l�ngua
quinta-feira, 5 de julho de 2007
A Ética do Perecível

Em O Retrato de Dorian Grey de Oscar Wilde, o autor já apontava um começo de século XX em que prioridade seria a vida eterna. O Frankenstein, uma espécie de homem bricolado pela tecnologia, como vemos hoje através de periféricos e interfases, Drácula que vive uma saga de amor e procura no sangue humano – sua fibra ótica - a eternidade. Poderia ficar aqui citando ad infinitum, mas de nada valeria.
Mas o que chamo a atenção é se vivemos em uma sociedade do livre arbítrio e do bom senso, acabamos por muitas vezes ter que recorrer a ética profissional, governamental, educacional, para obtermos respostas do impulso humano que são regidos pelo medo e o desejo.
Paternalismo a parte sempre me pergunto: Onde foi parar o signo do bom senso?
Marvin Minsky, o criador da Inteligência Artificial, sempre disse que o maior desafio do pesquisador com as máquinas é criarmos o que chamamos de bom senso.
Começo a duvidar desta idéia sobre “bom senso”, porque é justamente aí que reside o livre arbítrio, que por incrível que pareça deixa de existir. Tenta-se substituir o livre arbítrio natural, pela ética institucional, no sentido de preservar a moral, controlar os horários da TV, criar ações positivas – na qual sou a favor - , na tentativa da igualdade de competências, ou seja, não correr riscos, criar o menor numero possível de impureza humana e social.
O problema é que felizmente não somos eternos, somos precários, definhamos, deterioramos, e em algumas vezes perdemos a dignidade, e o que é pior, isso não acontece embaixo da terra.
Dorian Grey viu em seu retrato o que o tornou asséptico, Frankenstein não se contentou com a eternidade, por uma crise de identidade parental, Drácula vampirizou todos o rodeava, com medo da solidão eterna, mas o bom senso destas criaturas foi saber que a eternidade não saciava seus desejos, e quem a quer pensando em ser desejado não haverá ética que a suporte.
terça-feira, 3 de julho de 2007
Face a Face
Como arado o sol apino
Será querido então assim
A parte a face
Quero quejido
Facínora parido
Pare agora então assim
AfaceAface
Queijo-me
De ti
deti, deti...
Saliva valida
Até a ti
A morte a sor
Te
Te te te re te
Te te te re te
Até a vista
Que te embora
Faz-se a tarde
Até agora que a hora
Cala-te na própria
A própria morte
A própria sorte
A própria face
TratadodeEsperança
Ofatodequenuncaestivemoslá
TratasedeesperançaNadatão
sériocomoumleitematernoS
ingelodehorizonteprovável
domingo, 22 de abril de 2007
Cho Seung-hui e o Manifesto da Morte

Por ironia deste futuro quase provável, assistimos esta semana a loucura do rapaz coreano Cho Seung-hui, que matou cerca de 32 pessoas no Instituto Politécnico da Virginia (Virginia Tech). O curioso, além de trágico, é que entre uma matança e outra, o rapaz enviou uma seria de material pelo correio para NBC - fotos, textos e cd com vídeos - contando o que faria, o porque faria, e se auto intitulando um messias. Nada seria tão maluco, já que estamos acostumados a todas as formas de manifestações patológicas, se o jovem assassino não tivesse intitulado este material de “Manifesto Multimídia”.
O século XX foi fadado pelo fato dos manifestos serem sempre uma espécie de autorização a experimentos artísticos, provocando a hegemonia dos “ismos”.
Agora, o que estão estes manifestos autorizando? A ira, as diferenças étnicas, os ditos Losers – perdedores – que não são aceitos por uma sociedade asséptica como a americana, o que não justifica nenhuma forma de violência.
O fato é que quando escrevi o Manifesto Digital - http://transitoireobs.free.fr/to/article.php3?id_article=31 - apenas percebi que escrever a própria história estaria sempre ligado a um memorial de vida, mas infelizmente o manifesto também passa ser a linguagem dos assassinos como Cho Seung-hui que se utilizou mais uma vez da mídia como registro das mortes que ainda faltavam ocorrer, ou melhor, daqueles que resolvem a diferença pelas armas, e nisso os Estados Unidos não tem muita diferença.
Wilton Azevedo
terça-feira, 17 de abril de 2007
Nada do Olhar

O Olhar não reconhece
Não... reconhece
Nada
Olhamos
Olhamos
E nada
A face inversa
Pede trégua
O corpo
Quer
Mesmo não se reconhecendo
O corpo indeciso
De vontade
Se entrega
Preservando
O que conversamos
Me sento
Disléxico
Pela prioridade insana
Nada
Nada
Nada de Velho
Novo
Jovem
Criança
Em perplexidade
Me convenço
Que a dor que agora sinto
Você deverás não sente.
Por Perto
Bala Perdida

sábado, 14 de abril de 2007
Raio X, Y e Z

Trabalho com poesia tecnológica, então dá para imaginar que minhas apresentações requerem um montante de equipamentos: dois notebooks, samplers, CDJ, virtualizer, microfones sem fio, I Pod e mais uma quantidade infindáveis de fios. Indagado pelo policial, me perguntou:
O que o Sr faz? Eu respondi: Sou poeta.
Mas e esse material todo? – perguntou o policial com os cases abertos e os equipamentos todos espalhados na mesa -.
Expliquei a ele que eu fazia uma poesia que se utilizava de tecnologia.
E ele comentou: Como as coisas mudaram ?
Daí eu perguntei a ele: Os terroristas não devem usar este monte de equipamento...
Ele sorriu – Acredito que não.
sexta-feira, 13 de abril de 2007
a escrava que não era e-saura
Trapaça

O que faço
Ser poesia
Considera apenas
A arte que a mim
Transpassa
Trapaça sua...
Não se engane
Em não considerar
A minha vida
Um homem de negro
Combinando
Com a futilidade de seu julgamento
E reduzido ao que pensa
Ser verdade
Faço poemas
Apenas
E nada mais que isso
E se mesmo assim
Não acreditas
Paciência
É o que enxergas
Na sua essência